28.6.12

9º Capítulo - “é o teu pai!”

Follow me
- Tem calma, não vou fazer-te mal! - Disse o homem.
- Então largue-lhe o braço, está a magoá-la! – Era voz do Dudu que me estava a tentar ajudar.
- Ok, tenham calma. – E com isto larga-me o braço. – Está tudo bem contigo Filipa?
- Como sabe o meu nome? Quem é você? – Estava a ficar cada vez mais assustada. 
- Vais saber quando for a altura certa. – E com isto o homem foi-se embora. 
Não sabia se havia de sentir medo, alívio por se ter ido embora ou curiosidade em saber quem era aquele homem. 
- Que estranho, não sabias mesmo quem era aquele senhor Filipa? – Perguntou-me o Dudu.
- Não! Nunca o vi na vida! – Não sabia o que pensar.
- Vais contar à tua mãe? 
- Não sei. Não a quero preocupar mas talvez seja melhor contar-lhe.
- Pois também acho melhor. Mas agora não penses mais nisso, vamos para as aulas.
Fiquei o dia inteiro a pensar naquilo. Quem seria aquele homem? E o que queria de mim? Tantas perguntas e não sabia a resposta a nenhuma delas. Mas tinha decidido algo: ia contar à minha mãe o que se tinha passado, talvez ela o conhecesse ou coisa parecida. 
- Olá mãe! – Disse mal cheguei a casa, dando-lhe um beijo – Tudo bem?
- Olá, tudo e contigo filhota? – Respondeu ela.
- Também. 
- Então como correu a escola hoje? – Fez-me a pergunta de que tinha medo.
- Bem, mas antes de ir para a escola aconteceu algo estranho… – Disse eu.
- O quê?
- Antes de entrar na escola e enquanto falava com o Dudu, senti alguém a agarrar-me no braço. Pensei que fosse uma amiga ou assim, mas quando me virei vi um homem. – Contei eu.
- Conhecia-lo? – Perguntou ela. 
- Não e ele não me quis dizer quem era, disse apenas que eu iria saber na altura certa ou qualquer coisa assim… 
- Filha acho que é melhor arranjarmos forma de ires para a escola acompanhada por um adulto, esse homem pode ser perigoso. – Disse, preocupada. 
- Mãe, eu acho que não é preciso, eu tenho o Dudu! – Retorqui, tentando acalmá-la.
- Mas com o que é que ele pode ajudar-te, se esse homem tentar fazer-te mal? Não, está decidido vou arranjar forma de vos levar e ir buscar à escola todos os dias.
- Ele não vai fazer-me mal, senão já o tinha feito, não? – Disse eu. 
- Sim, isso tens razão. Mas mais vale prevenir do que remediar!
- A sério mãe, não quero que faças isso. Se soubesse que ias fazer isso, não te tinha contado nada… – Respondi revoltada.
- Ok, pronto eu não te levo à escola, mas assim que chegares dás-me um toque para o telemóvel e quando saíres de lá a mesma coisa, pode ser?
- Sim. – Disse eu, satisfeita. Afinal os momentos em que ia para a escola e voltava de lá eram sempre muito divertidos e apesar de gostar muito da minha mãe, ela ir connosco iria… de certa forma estragar a diversão, pois não podíamos falar sobre tudo o que nos apetecesse.
- Pronto. Olha como era esse homem? Lembras-te? – Perguntou ela.
- Era alto, moreno, cabelo castanho-escuro, tinha uns olhos verdes muito claros… - Estava a descrever o homem, quando a minha mãe me interrompeu. 
- Olhos verdes claros mas mesmo muito claros? – Perguntou ela.
- Sim, acho… mas porquê? – Ela não me respondeu, apenas foi para o quarto à procura de algo. Estava curiosa.
- Esse homem era parecido com este? Sei que esta fotografia é a preto e branco, mas dá para perceberes se os dois homens são parecidos… - Disse ela, enquanto me mostrava uma foto de um homem bastante parecido com o dito homem.
- Sim… sim, eles são bastante parecidos, apenas que esse homem é mais novo e o que “eu conheci” é mais velho. Mas quem é o da fotografia? – Perguntei, curiosa.
- É… é o teu pai!

9 comentários:

Anónimo disse...

gosto da música de fundo :)

Marisa Costa disse...

Gostaste? Muito obrigada, linda. Beijinhos :)

quase-princesa disse...

obrigada :)

quase-princesa disse...

Lol. De nada linda, beijinhos *-*

katy disse...

quero o próximo rápidooo :D

quase-princesa disse...

Okay vou tentar :D

Cláudia disse...

Ah, pensei logo que seria isso :D

quase-princesa disse...

Lol, ya só podia...

Anónimo disse...

Vêêês eu disse que era o pai dela :P